Olá querido leitor, aqui é a Petra Luana, e esse texto faz parte de uma série de alguns informativos sobre abordagens psicológicas, e hoje nós iremos falar sobre a Gestalt-Terapia!
Primeiramente quero que entenda o que são abordagens, segundo o dicionário Aurélio, em temos dois sentidos figurados que podemos aplicar para explicar as abordagens na psicoterapia sendo um, “ponto de vista ou opinião usada para entender um assunto e o modo de se comportar, de entender ou de lidar com alguma coisa.” Ou seja, na pratica o psicólogo utiliza de técnicas específicas para compreender determinado comportamento e visão de mundo do indivíduo, assim, auxiliando e acompanhando-o em sua trajetória no processo terapêutico.
Entendido isso, vamos falar da Gestalt-Terapia!
Gestalt é uma palavra alemã que não tem tradução livre, mas se aproxima de “configuração” ou “forma total”. O que para nós significa a essência dessa abordagem. O ser humano é um ser total, e trabalhamos dentro da psicoterapia a totalidade desse individuo, assim, cada parte é você e tudo que é trabalhado em psicoterapia reflete em outra área da sua vida. Concertar ou quebrar uma parte da cadeira influência nela toda, em todo seu funcionamento, desse modo também é com o ser humano, cada parte, cada sentir, cada ação, influência em sua totalidade e na sua evolução.
A maioria das teorias irão falar bastante sobre consciência, tomar consciência de algo, ou de alguma atitude, e como isso pode interferir na nossa vida. Aqui não será de completo diferente, acrescido que, essa consciência é vinculada ao corpo, passa pela totalidade como falamos anteriormente. “Com efeito, é pela mediação desse mesmo corpo que podemos nos relacionar com as coisas e com os outros seres humanos.” (Frazão, Fukumitsu, 2013). Ou seja, a consciência perpassa pela interação do eu com o mundo e como isso afeta meu corpo, meu sentir e agir.
Saindo um pouco da teoria e indo para a prática, a GT vai funcionar dentro do consultório levando em consideração a interação do terapeuta com o paciente, o vínculo que eles estabelecem, compreendendo que essa relação é importante para o processo também. O terapeuta irá levar o paciente a caminhos de reflexão, podendo utilizar técnicas práticas para auxiliá-lo nessa trajetória, como o experimento da cadeira vazia, que é o mais famoso dessa prática.
Um dos principais objetivos da Gestalt-terapia é mostrar ao paciente como ele possui escolhas, e como pode mudar sua realidade a depender do que faz com elas. Também é uma terapia focada no presente, no que está ao seu alcance hoje para resolver suas questões, uma análise do todo que se formou a partir das experiências já vividas e escolhas já tomadas.
Além de não ser uma abordagem completamente diretiva, pois não é sempre que o psicólogo irá trazer coisas prontas para serem analisadas na sessão, visto que, de acordo com a fenomenologia, tudo pode acontecer como fenômeno, o que será importante ser trabalhado poderá mudar ao longo do encontro, sendo assim, centrada no sujeito e aqui-agora, no geral o terapeuta auxiliará a responsabilizar-se pelo que faz e sente.
Bom, desejo ter feito você compreender um pouco mais sobre essa linda que eu amo e existo como profissional e pessoa dentro dela (hahaha), meus pacientes sabem que gosto de explicar a teoria para eles, mesmo que um pouquinho, pois sou apaixonada pela GT desde quando soube de sua existência. Talvez tenha sido “prolixa” nesse texto, mas a GT é tão completa e intensa que tem muito mais para descrever!
Espero ter sanado todas as suas dúvidas.
Um grande abraço,
Petra Luana
Psicóloga Clínica – CRP 01/21100
Referências:
Dicionário Aurélio
Frazão L.M, Fukumitsu K.O, Gestalt‑terapia Fundamentos epistemológicos e influências filosóficas, 2013
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